top of page

 

 A Síndrome Gastrointestinal ou Síndrome Aguda da Radiação (SAR) é representada pela morte das células que revestem o tracto gastrointestinal (mucosa). Assim, as células mais sensíveis do nosso organismo ao serem expostas a estas doses significativas de radiação, vão apresentar grandes alterações. A exposição à radiação pode induzir a perda das cristas intestinais e a consequente ruptura da mucosa.

Estas alterações podem resultar nos sintomas: dor abdominal, diarréia, náuseas e vômitos, que surgem poucas horas após a exposição no caso de altas doses.

Os sintomas persistem devido ao desprendimento progressivo do revestimento mucoso e ao desenvolvimento de infecções bacterianas.

Finalmente, as células que absorvem nutrientes ficam completamente destruídas e produz-se perda de sangue na zona lesionada, para o interior do intestino, normalmente em grandes quantidades. Entre 4 e 6 dias depois da exposição à radiação podem crescer novas células. Mas, mesmo que assim seja, as vítimas que sofrem desta síndrome provavelmente morrerão em virtude de uma insuficiência da medula óssea, entre 2 e 3 semanas mais tarde. Os quadros que apresentam ulcerações intestinais são praticamente irreversíveis.

A  Síndrome Gastrointestinal produz-se a partir de doses menores de radiação, mas também igualmente altas (4 grays ou mais). O tempo decorrido entre a exposição e o aparecimento de lesões depende da energia transferida pela radiação ao tecido e do tempo de trânsito das células das camadas mais internas para as camadas mais externas do tecido.

Esta síndrome é composta por quatro fases: a fase inicial, a fase latente, a fase de manifestação da doença e a última fase, a de recuperação.

A SAR é caracterizada por um conjunto de alterações biológicas que ocorrem após a exposição aguda ou prolongada, e de corpo inteiro, à radiação ionizante. Sem assistência médica adequada, a dose letal de radiação que leva a óbito 50% das pessoas expostas em um período de 60 dias é estimada no intervalo de 3,5 a 4,0 Gy.

Estudos mostram que cuidados clínicos intensivos apropriados podem deslocar as doses no intervalo de 5 a 6Gy. Os sintomas da SAR podem variar de acordo com a sensibilidade individual á radiação, o tipo e a dose de radiação absorvida. Uma primeira avaliação da dose absorvida é importante na determinação da estratégia clínica a ser adotada.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura : Efeitos Imediatos de Irradiação de Corpo Inteiro

Fonte: Pesquisa Tese de Doutorado de Edson Ramos de Andrade, 2010.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tabela :  Relação dose resposta para efeitos da SAR considerando exposição aguda de corpo inteiro em nível de dose letal para humanos (3 a 5,3Gy).

Fonte: Pesquisa Tese de Doutorado de Edson Ramos de Andrade, 2010.

Assim, de modo geral, a SAR pode ser o final de um processo induzido por um desequilíbrio do estado redox, associado a um funcionamento deficiente do sistema de defesa antioxidante, ou ainda por uma combinação dos mesmos. Existem poucos estudos publicados considerando as relações entre dose de radiação e o mecanismo de ação das radiações relacionadas com alterações posteriores no organismo. (ANDRADE, 2010).

 

FASES DA SÍNDROME GASTROINTESTINAL

 

A fase inicial: Inicialmente, a síndrome é provocada pela morte das células que revestem o tracto gastrointestinal (mucosa). Assim, as células mais sensíveis do nosso organismo ao serem expostas a estas doses significativas de radiação, vão apresentar grandes alterações. A exposição à radiação pode induzir a perda das cristas intestinais e a consequente ruptura da mucosa.

 

A Fase latente: Estas alterações podem resultar nos sintomas: dor abdominal, diarreia, náuseas e vômitos, que surgem poucas horas após a exposição no caso de altas doses. Os sintomas persistem devido ao desprendimento progressivo do revestimento mucoso e ao desenvolvimento de infecções bacterianas.

 

A Fase de manifestação: Finalmente, as células que absorvem nutrientes ficam completamente destruídas e produz-se perda de sangue na zona lesionada, para o interior do intestino, normalmente em grandes quantidades.

 

A Fase de recuperação: Entre 4 e 6 dias depois da exposição à radiação podem crescer novas células. Mas, mesmo que assim seja, as vítimas que sofrem desta síndrome provavelmente morrerão em virtude de uma insuficiência da medula óssea, entre 2 e 3 semanas mais tarde. Os quadros que apresentam ulcerações intestinais são praticamente irreversíveis. (ANDRADE, 2010).

 

Síndrome Gastrointestinal

Ebooks
Imaginologia
SINTARESP
  • w-facebook
  • w-flickr

© 2015 radiologiatotal.

 

bottom of page